quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MAGUSTO


Novas músicas, «velhos» instrumentos

No próximo dia 12 de Novembro faz oito anos que foi criada oficialmente a Tuna Popular de Arganil. Uma data que será simbolicamente lembrada nesse dia durante o ensaio e que irá ser comemorada durante o habitual jantar-convívio e de Natal, marcado para 11 de Dezembro próximo, onde se espera, mais uma vez, não só a presença dos tunos e seus familiares, mas também de todos os convidados e amigos da Tuna.
Entretanto, em 7 de Novembro próximo, na sua sede, vai ter lugar também o tradicional magusto, que será antecedido de almoço-convívio, pelas 13 horas, entre todos aqueles que se quiserem associar e que terá como «sobremesa» a projecção do filme sobre a digressão da Tuna ao Luxemburgo.
Digressão que fica a marcar mais um momento muito alto da história da Tuna Popular de Arganil, que se honrou e soube honrar o nome de Arganil e de Portugal no Luxemburgo, onde em Junho passado levou o seu abraço de saudades à comunidade portuguesa ali residente e sentiu bem o calor e o sabor da verdadeira e autêntica amizade dos nossos conterrâneos, particularmente traduzida nos gestos, inesquecíveis, de Carlos Bernardino e de sua esposa Adelaide Bernardino.
E com esta digressão, a segunda na sua curta história de oito anos, a terras estrangeiras, 2010 pode ser considerado um ano muito cheio para a Tuna Popular de Arganil que, ainda no âmbito das suas actividades agendadas para este ano, vai estar em S. Martinho da Cortiça, em 14 de Novembro próximo, pelas 16 horas, a participar num encontro de Tunas e já tem agendado o seu para 4 de Junho de 2011.
Neste momento, a Tuna está a preparar a nova época, com novas músicas a ser ensaiadas e a enriquecer o seu reportório, mas uma dificuldade surgiu: os instrumentos estão a ficar «velhos», não pelo uso, mas pela muita humidade existente na sede que acabou por levar à danificação de muitos deles e que vai obrigar a direcção a gastar muito dinheiro na sua reparação e mesmo recuperação. O orçamento está feito e ronda os 5.000 euros. É muito dinheiro para uma associação como esta.
O problema da humidade na sede da Tuna já foi dado a conhecer, muitas vezes, a quem de direito, mas o que é facto é que até agora não está solucionado ou pelo menos minimizado. Se é verdade, como diz o povo, «que quem quer festa paga ao gaiteiro», não deixa de ser menos verdade que deverá ser reconhecido (ou respeitado, pelo menos), todo o esforço, todo o trabalho, que é feito por aqueles que ainda se vão dedicando a servir, a todos os níveis, associações como esta que continuam a levar bem longe o nome da nossa terra.

J. M. CASTANHEIRA