No jantar de Natal em que também assinalou o seu 10.º
aniversário, a Tuna Popular de Arganil não esqueceu os amigos que ao longo
destes dez anos “se empenharam, trabalharam e se dedicaram para que a Tuna
tivesse vida, crescesse saudável, para cumprir os seus objectivos que levaram á
sua fundação”, explicou José Castanheira, prestando-lhes uma singela homenagem.
Com efeito, o presidente da direcção da Tuna entregou uma
“simples lembrança” aos fundadores e a alguns amigos, aos que já partiram, como
o Jorge, que ofereceu instrumentos ou o Antero Marques Fernandes “que vivia a
Tuna de forma apaixonada”, mas também aqueles que felizmente se encontram entre
nós, como Tiago Mateus, maestro e primeiro presidente da direcção, a Luís
Filipes Quaresma, a Graça Moniz, a Mário Araújo Pinto e a Arsénio Quaresma que
assinaram a escritura de oficialização da associação. Também ao actual
secretário, Alfredo Mateus Baptista, que “abriu a sua casa para os primeiros
ensaios”, a Manuel Amaro Ferreira e Carlos Fernandes. Aos dois sócios
honorários da Tuna, Amílcar Martins e Carlos Bernardino.
E referindo-se aos dois sócios honorários, o presidente
da direcção recordou que a Amílcar Martins se devem “duas deslocações ao
estrangeiro, primeiro a Paris e depois ao Luxemburgo”, enquanto a Carlos
Bernardino “deve-se o amor que tem manifestado á Tuna, primeiro em terras de
Luxemburgo, onde com a sua esposa nos recebeu como se de membros da sua família
se tratasse” e agora na próxima deslocação da Tuna, em Junho próximo, ao
Luxemburgo, confessou que este amigo “irá custear a nossa estadia e
alimentação, apenas a deslocação será da nossa responsabilidade”.
Relativamente á deslocação ao Luxemburgo, José
Castanheira revela que devido aos exames escolares dos tunos que decorrem por
essa altura “poderão impedir a deslocação de alguns dos nossos mais jovens
tunos, sobretudo pelo tempo da viagem, longa, em autocarro”, por isso
enfatizou, “o ideal seria a viagem de avião, que pela rapidez daria a
possibilidade a todos para a sua deslocação, em força ao Luxemburgo”. “Este é o
nosso desejo”, confessou, sublinhando todavia que “a sua concretização só será
possível se tivermos o apoio, a ajuda dos nossos amigos, das autarquias,
sentindo connosco a grande responsabilidade de representar Arganil e Portugal e
de levar também o nosso abraço de saudade aos nossos emigrantes em terras de
Luxemburgo”.
Em jeito de balanço de mais um ano de actividade, José
Castanheira reconheceu “que não foi brilhante, muito longe disso, sobretudo no
que se refere a saídas e actuações, que ficaram, muito, mas mesmo muito alem
das nossas expectativas, o que acabou por se reflectir, nos cofres da Tuna”.
Contudo, sublinhou, “ao longo do ano e nas poucas actuações que tivemos,
procurámos elevar sempre bem alto a nossa Tuna e Arganil”. “Para isso, o
trabalho, em cada semana, nos ensaios, também a preparar não só o nosso próximo
CD para ficar como marco destes dez anos e ainda a deslocação ao Luxemburgo em
Junho”.
Graça Moniz, por seu turno vaticinou que “aqueles que se
encontram na Tuna actualmente continuem a pautar a sua actuação pela exigência
e de serem cada vez mais um baluarte da cultura em Arganil e também da
divulgação deste concelho da Beira Serra”, enquanto Luís Quaresma, recordou que
a Tuna “nasceu de um grande amor, amor por Arganil, pela nossa região e teve um
pai e uma mãe, um pai que será o rosto de todos que integraram a equipa inicial
e a mãe foi e continua a ser hoje uma grande amizade que temos todos uns com os
outros”.
No que concerne aos dez anos de existência desta colectividade
o actual presidente da assembleia geral afirmou que ao longo desta década a
Tuna “fez um percurso invejável”, considerando tratar-se das “associações mais
novas do nosso concelho e daquelas que já atingiu os maiores objectivos, como a
internacionalização e o lançamento de trabalhos discográficos sempre com muita
qualidade”.
Para Ricardo Pereira Alves, dez anos “é de facto uma data
marcante para uma instituição e mais marcante é quando se trata de uma
instituição que tem desenvolvido um trabalho extremamente notável de promoção
da cultura musical do nosso concelho”. Portanto, afirmou o presidente da Câmara
Municipal de Arganil, a Tuna “é um motivo de orgulho para todos os arganilenses
e queria reafirmar esse orgulho pelo trabalho que têm desenvolvido e para
continuarem a levarem tão longe o nome de Arganil, engrandecendo o nosso
concelho”, terminando com a garantia que “na medida das nossas possibilidades
continuaremos a apoiar esta instituição, pois através dela apoiamos a formação
musical dos mais jovens e o desenvolvimento da verdadeira cultura que interessa
aos arganilenses”.
No final do jantar, servido no Centro Social Paroquial do
Sarzedo (gentilmente cedido), uma agradável sobremesa musical foi trazida pelo
grupo da Junta de Freguesia da Carapinha e pelo Artyfadinhos (que fez a sua
estreia há um ano, no jantar da Tuna), e ambos a merecerem muitos aplausos das
mais de 120 pessoas que participaram neste jantar de aniversário e de Natal da
simpática associação arganilense.
ISABEL DUARTE